Salomé Goicoechea Garmendia. 1 de junio de 2021 (San Sebastián-Residencia)

No primeiro dia de junho, na Residência de S. Sebastião, despedimo-nos da nossa irmã Salomé e, ao fazê-lo, despedimo-nos de uma mulher discreta que estava disponível para tudo, de uma trabalhadora incansável e, sobretudo, de uma pessoa boa, íntegra, leal e uma fiel seguidora de Jesus.

Nasceu num vilarejo próximo à bela cidade de Azpeitia, numa família de profundas raízes cristãs, o que fez que desde os alvores da sua vida se nutrisse com o espírito evangélico que se vivia em casa. Esta foi a base que a levou a entregar a vida a Deus, consagrando-se a Ele na Companhia de Santa Teresa.

A sua memória está ligada aos aspetos fundamentais da sua vida na Itália, onde passou praticamente toda a sua vida religiosa. (Ela nunca teve bilhete de identidade espanhola, só o tirou dois anos antes de voltar para S. Sebastião), e onde, apesar de que na sua timidez, quisesse escondê-lo, destacou-se pelas suas qualidades: a sua força física, o seu sentido do dever, da responsabilidade, pela sua determinação e entrega, etc. fizeram que na cúria geral as diferentes Gerais com quem viveu confiassem nela. Foi ela quem cuidou dos Bispos, Cardeais e outras personalidades que vinham à Casa Geral: servia-os à mesa, transportava-os aos seus destinos como uma hábil motorista no difícil trânsito de Roma e atendia-os nas suas necessidades. Era uma ótima anfitriã e até viveu no Vaticano ao serviço de D. Eduardo Martinez Somalo e, terminado este serviço, passou para o Colégio de Via Fregene onde como porteira se destacou pela sua gentileza, pela sua educação e tantas outras qualidades que o Senhor lhe tinha dado. Sempre com um sorriso, acolhia alunos, pais e professores, como no Teresianum de Pádua. Por isso, a sua memória continua viva entre as pessoas que a conheceram, que ainda perguntam por ela.

Chegou a esta casa no início de novembro de 2019 e, nós que vivemos com ela este curto período da sua vida, pudemos comprovar a sua serenidade e o seu temperamento apesar do isolamento causado pela sua falta de audição.

Hoje, nestes dias em que a Igreja celebra a festa do amor trinitário, dizemos adeus a Salomé, adeus a uma teresiana perfeita que pôs a sua vida ao serviço do Reino e, que agora diz juntamente com o Nosso Padre as palavras que ele disse a si mesmo:

“Deus cuidou de mim e de todas as minhas coisas; não me faltará nada. Deus é solícito e cuidadoso comigo. ”

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